domingo, 25 de novembro de 2012

PSICOLOGO. PSIQUIATRA E PESICANALISTA

Diferenças entre psicólogo, psiquiatra e psicanalista

Narciso de Caravaggio
A proposta deste texto é oferecer um entendimento didático e rápido a respeito das principais diferenças entre os trabalhos do psiquiatra, do psicólogo e do psicanalista. Ao contrário do que se imagina, nem sempre as fronteiras que separam os trabalhos desses profissionais são tão claras e ocorrem muitas confusões na hora de estabelecer essas distinções.

Psicólogos e Psiquiatras

Um bom começo é abrir o dicionário. O dicionário Houaiss define a psiquiatria como ramo da medicina que se ocupa do diagnóstico, da terapia medicamentosa e da psicoterapia de pacientes que apresentam problemas mentais e a psicologia como ciência que trata dos estados e processos mentais, do comportamento do ser humano e de suas interações com um ambiente físico e social.
A psiquiatria então é uma especialidade da medicina que trabalha de várias maneiras: com o diagnóstico, com o tratamento medicamentoso e com a psicoterapia. Portanto, afirmar que psiquiatra é um médico que receita remédios seria uma definição reducionista. O psicólogo não é um especialista, mas alguém graduado em psicologia (e devidamente registrado em seu Conselho) que pode seguir várias áreas ou especialidades, entre as quais a psicologia clínica. Na psicologia clínica, o psicólogo também trabalha com diagnóstico, muitas vezes através de uma avaliação psicodiagnóstica, e com psicoterapia.
Bem, temos aí diagnóstico e psicoterapia como atividades em que atuam psicólogos e psiquiatras. Muitos médicos, inclusive, formularam teorias psicológicas e, por isso, a atividade de psicoterapia pode ser exercida por médicos e psicólogos sem restrições (desde que ambos tenham o registro profissional). Só cabe lembrar que a prescrição de medicamentos é uma atividade exclusiva dos médicos e o uso de testes psicológicos, exclusiva dos psicólogos.

Psicanalistas

O Houaiss diz que psicanalista é: que ou aquele que é especializado em psicanálise (diz-se de médico ou psicólogo) e numa outra definição que ou aquele que trata pelo método da psicanálise (diz-se de terapeuta). A primeira definição me parece equivocada e, por isso, vamos fazer nela uma pequena emenda.
Os psicanalistas merecem um espaço à parte porque não precisam ter uma graduação específica. Podem ser formados em qualquer curso superior, mas precisam cumprir certas exigências: fazer um curso de alguns anos numa instituição psicanalítica, se submeter à análise com um didata da instituição e recorrer a supervisão de casos clínicos.
Assim como os psicólogos, os psicanalistas não podem prescrever medicamentos, a menos que sejam médicos. Por causa da sua origem, existem muitos médicos no mundo inteiro que atuam como psicanalistas. A psicanálise demanda um número maior de sessões por semana, normalmente três; já na psicoterapia, em praticamente todas as abordagens é estabelecida uma sessão semanal. Muitas vezes, a psicanálise é realizada sem contato visual entre analista e paciente e com o uso de divã, como fazia Freud.

Conclusão

Nem sempre é fácil estabelecer uma fronteira nítida entre os três profissionais porque com frequência eles mesclam suas formações, de maneira a acumular atividades. Por exemplo, um psiquiatra psicanalista, um psicólogo psicanalista ou um psiquiatra psicoterapeuta. Assim sendo, existem psicanalistas que prescrevem medicamentos, pois são médicos, e outros que não o fazem. Da mesma forma, existem psicoterapeutas que receitam remédios e outros não.
Não existe um profissional da área de saúde que seja mais importante que outro. Cada um tem a sua importância no tratamento de uma enfermidade mental.

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